Histórico da Região de Echaporã, precisa saber que Echaporã só surgiu devido a Catequese existir. Assim a historia da Catequese é importante.
Histórico da CATEQUESE
Os capuchinhos tentaram entrar em contato com índios através do Coronel
Francisco Sanches Figueiredo e de uma índia civilizada, que era irmã do
cacique. Houve várias tentativas, sendo 3 incursões,siga a logica. A
primeira o Coronel Sanches e um médico russo que em 30 de agosto de 1903,
desceram o vale do Rio do Peixe e, de outro lado, por 25 pessoas que penetraram
a mata chamada “Figueiros” para ver se os índios tinham respondido a uns sinais
deixados por Mariana que recebeu uma carta dos índios chamando-a de volta à
aldeia. Entre a primeira e a segunda incursão houve um ataque dos índios contra
lavradores, a sete quilômetros da Catequese, morrendo quatro brancos e ficando
três gravemente feridos. A segunda incursão, carta de Frei Boaventura de
Aldivino, do dia 11 de agosto de 1904, publicado no “Diário Popular”, de São
Paulo, de 12 de setembro do mesmo ano, composta de 20 pessoas, deu-se nos dias
9 e 10 de agosto de 1904 e consistiu em descobrir “o caminho que conduz às
aldeias dos índios” sem ter conseguido porém contatar com nenhum deles. A
terceira incursão, a mais longa, de 11 de dezembro de 1904, constituída de 102
pessoas, guiada pelo Coronel Sanches de Figueiredo e com pessoas como o
promotor público e o delegado de segurança pública de Campos Novos. A expedição
encontrou acampamento, caminhos, cemitérios e aldeia antiga de índios. Dia 22,
à meia noite, houve um ataque de índios que durou até de manhã, continuando os
índios a persegui-los até o final da expedição. Com tudo isso se deve a queda e
a extinção da catequese reserva com a saúde dos capuchinho.
Pesquisando nos arquivos do engenheiro Bruno Giovanetti, no “livro:
publicações- 1924” -Contém um recorte de jornal “Correio Paulistano”, de 18 de
abril de 1945, “A Primeira Catequese” o Dr. Bruno Giovanetti, procedendo ao
levantamento da Fazenda de Lara Bueno e Cia., localizou o ponto certo em que
surgiu a sede da Catequese dos índios fundada em março de 1888, nas imediações
da cidade de Campos Novos, o lugar achega-se à margem direita do Córrego “Catequezinha”
afluente da margem direita do Ribeirão Fanchona ou São José......foi aberta uma
estrada acompanhando o curso da “Fanchona” até a vila São José do Rio Novo, num
percurso aproximado de 12 quilômetros, ligando o sertão com um centro
civilizado”
Assim recapitulando nossa historia. Por volta de 1870, o mineiro
João Teodoro de Souza dirigiu-se às terras da Alta Sorocabana e Alta Paulista,
região situada entre os rios do Peixe e Paranapanema, ainda ocupada por mata
virgem e habitada apenas pelos índios caingangues, também chamados coroados,
fundando o povoado de Campos Novos do Rio Novo.
Dez anos mais tarde, o povoado foi elevado à condição de distrito do município
de Santa Cruz, com a denominação de Campos Novos do Paranapanema e, em 1885, à
categoria de município, simplificando seu nome para Campos Novos.
Dentre os diversos povoados que foram se formando em torno do distrito
original, destacou-se o de São Sebastião da Serra, núcleo de catequese dos
frades capuchinhos, que se desenvolveu em torno da capela sob invocação do
santo. Mais tarde seu nome foi alterado para Catequese, alusão evidente a sua
origem, e, em 1921, incorporado a Campos Novos.
João Zarias fundou junto à nascente do riacho Pari-Veado, um povoado com o nome de “Catequese”, assim denominado por ter sido o local reduto de catequisadores de Índios, dirigidos pelos frades Capuchinhos.
( Olhando verificamos que a maquina de café NÃO ESTÁ NA FOTO, então se trata de uma foto de antes da geada negra, desculpe dizer o que mostra que o local tinha mesmo mais de 30 casas e muitos comercios quando ainda não era cidade)
ONDE ACONTECEU: 1988- 30 de novembro local Clube Recreativo de Echaporã - 13:00 Palestra para crianças, contando historias reais. Irmãs: Angeliana Fernandes e Rosa Ema Fernandes e filho de Emília o Wilson Ribeiro.
O PRINCIPIO DE ECHAPORÃ
- VERSÃO FAMÍLIA FUNDADOR HISTORIAS.
Rosa e Angelina entrevista cinquentenário de Echaporã. anotações.
Antes de 1922, Santiago Fernandes meu pai e nos Emilia, Rosa Ema e minha mãe Josephina estávamos
morando na Catequese eu Angelina tinha
uns 12 ou 13 nos, e nos ajudávamos nas
vendas e ir buscar produtos em Assis de carroça geralmente duas vezes por
semana. Então tudo mudou, quando houve
um desentendimento com Sr joão o Fiscal, mas a população do local encontrou
razão na causa e isto fez com que Santiago meu Pai ampliasse sua ideia e investisse em 40 alqueires. Lembro
que ele viajou e ficou dias longe de casa. E logo quando chegou vinha com a
noticia que havia comprado o “campado” assim ele chamava o local onde sempre ia
fazer caçadas Santiago era caxeiro
viajante e filho do agricultor de Araraquara Meu avô Romão e avò Dolores.
Eu Rosa, lembro muito que foi difícil
eles passavam o dia todo abrindo estradas e a clareira para que se inicia-se a
cidade, na maioria das vezes nos as filhas íamos juntas para pegar as flores
bonitas e trazer para casa, mas era longe para ir de a pé, quase duas horas de
caminhada. Mudando de assunto: Uma lembrança
boa é que nos as filhas as tres gostávamos da voz de nosso Pai, ele falava
arrastado e as vezes dizia palavras e até frases em espanhol que não entendíamos
nada, mas ficávamos encantadas olhando e ouvindo. Nossa irmã não está viva para
ver o cinquentenário da cidade, mas sabemos que ela concordaria que eramos
felizes com o que tínhamos.
Angelina lembra que: Então ao conseguir efetuar a limpeza do local os
homens e mulheres que ali perseguiram o sonho de prosperar, iniciaram as casas,
bar, loja, mas primeiramente a capela, cemitério, e a bodega que tinha bebidas, alimentos, tecido de
meu Pai virou uma realidade fixa, e assim começou a mudar os aspecto e a
Catequese entrou numa época de dificuldades, porque a maioria dos moradores aderiram
a causa e os conceitos de meu Pai. E a
capela teve a Nossa senhora Aparecida um pedido da minha mãe que era devota a
primeira imagem era grande com quase um
metro e ficava na capela, Já a imagem na Matriz foi a Emilia que buscou. A porta da frente da capela ficava voltada para o Sol
nascer no verão era lindo para as missas da 7:00 da manhã.
O Padre João Di Longue, vindo da cidade de
Campos Novos, realizou a primeira missa nesta cidade, no dia 08 de novembro de
1924, a pedido da Familia Fernandes, composta de Santiago Fernandes, a esposa
Josephina Abolis, as filhas Angelina Fernandes, Emilia Fernandes e Rosa Ema
Gazzola. E De acordo com afirmação de Angelina e Rosa a Capela ficou cheia e
desta forma todo Domingo havia um Padre para Santa Celebração, fato que em
pouco tempo houve a necessidade da Igreja Matriz maior.
Rosa entra na conversa e relembra que o Senhor Salvador Tortola que rezava o terço com bastante gente, ele tinha um apelido de “totó” e o local começou a ser frequentado pelo pessoal do rural era muito bom. E um dos primeiros locais onde os homens se encontravam era um local para jogar bocha e maia e após a missa muitos se reuniam lá nos Domingos, foi lá que eu vi o Giovani “Joao Gazzola” pela primeira vez, tinha muita ente conversando, italiano, japonês, espanhol e brasileiro todo mundo junto tentando se comunicar era muito divertido de ver e ouvir.
Rosa continua e chora ao falar da Emilia a irmã era uma pessoa alegre,
sempre sorrindo e ao mesmo tempo acanhada, naquela época nos tinhamos de 12 aos
15 anos, mas já sofridas pelo trabalho.
Damos uma pausa para as conversas e a entrevista do local acabou ali.
O Wilson não quis conversar.
Mas chegando em casa, conversei muito com minha avo Angelina e ela
marcou de irmos na casa da irmã Rosa buscar caqui dias depois. Fomos, afinal
era menos de 100 metros de casa. Continuei a perguntar e marcar no caderninho eu já havia entregue uma entrevista com minha avó dias antes na escola.
As duas irmãs concordam em algo que as primeiras Familias foram: Fernandes, Rabassi, Abolis, Tortola, Pinto, Villa, Moura, Marrone, Moggi, Spinardi, Gianassi, Milani, Sasaki, Gonçales e outras.
Nas conversar as filhas Rosa e Angelina confirmaram que mais de 70% do local
onde a cidade emergiu a área que iniciava a ser urabana era de Santiago e as
outras partes que com o tempo foram adquiridas por Paschoal Pontara, Spinardi, Pedro Rabassi,
Jose das Graças Pinto. Este fato pode ser comprovado quanto ao numero de
usucapião, lotes e locais ainda em nome destes.
Rosa conta que foi cada perrengue que passamos, inclusive das brigas intermináveis
do Pontara e Fernandes, era uma ladainha, porque Santiago tinha pego dinheiro
para limpeza e manutenção do café com Benedito Spinardi, porque ele tinha
gastado todo dinheiro dele, pagando para limpeza dos terrenos e onde estava formando
a cidade e veio aquela geada negra, mas meu pai Santiago não tendo como pagar
entregou em terrenos que ficavam na ponta hoje é rua Espirito Santo. Foi ai que
o Senhor Paschoalino Pontara chegou de
Assis e comprou a parte hipotecada, desta forma a área urbana passou a ser de
Santiago, Paschoalino, Spinardi, Rabassi e Pinto.
Angelina entra na conversa e conta: mas o pior foi que iniciou a rivalidade de
Santiago e Paschoalino. Mas já havia bar, capela, escola e mais de trinta casas, mas Paschoalino vivia
falando em Assis que Bela Vista era só mato e cinco casa os dois não podia se
ver era farpa para todo lado.
Eu fico nervosa de lembrar Rosa conta: Não tinha cabimento, sendo que já tinha casa de Santiago, do açougueiro, da mercearia, do sapateiro, tres bar, uma loja de roupa e sapatos, uma costureira, um medico, uma maquina beneficia café, uma maquina de arroz, casa do escrivão do cartório, da professora e outras em 1928 já estava formando formato de quarteirão de cidade. Tinha até uma jabiraca que passava no ponto da cidade, uma vez por dia vinha pela estrada de chão. O Paschoalino vendeu seus terrenos e abriu um negocio próprio iniciando sua prosperidade, mesmo sempre deixando claro sua versão da historia que faz sentido, mas tem controversas
Angelina nos conta que: Depois da
GEADA brava, conhecida como geada negra, todos estavam falando no assunto, lembrei que foi
muito difícil, para mim Angelina porque
eu já estava recém casada, mas a força das pessoas em se ajudar era bonita, o
comercio abriu cadernetas de fiado para que o povo do rural pudesse comprar
alimentos, remédios e tudo mais, existia um carinho, amor e solidariedade em
apoiar quem havia perdido tudo, meu pai chegou a dar prazos longos para as
pessoas pagarem suas cadernetas, um tempo de confiança eu vi acontecer. Mas a
maioria dos proprietários rurais tinha pego dinheiro com agiota e estava em
maus lençóis.
Rosa lembra que: Não lembro ao certo datas se foi antes ou depois da geada eu lembro que tinha já tinha mais de trinta
casas e um comercio local maior que da catequese e meu marido Giovanni “ Joao gazzola” e os irmãos foram
em uma reunião que Santiago fez porque estavam organizando para trazer a sede
de Catequese o roubo a historia. Sim Santiago meu Pai incumbiu seus amigos nas caladas na noite
roubaram os livros do cartório da catequese dando inicio a libertação de Bela
Vista ou na verdade a briga Bela estilo encrenca ela adorava isso, mas como nem
tudo são flores o Juiz fez eles efetuar a devolução. E de bico tiveram que
devolver deste modo, o juiz instruiu como eles deveriam proceder para acabar
com a rivalidade de Catequese contra Bela Vista e dar devida liberdade que a população queria.
Angelina fala que Riodante Fontana conversando com Santiago toma a inciativa de ir com Santiago no Juiz e fazem o pedido de Libertação, não lembro quando foi, mas minha mãe sempre comentava tudo que acontecia com nos as filhas, afinal Bela vista estava bem mais organizada e grande e catequese estava findando e o comercio fechando as portas e casas varias, assim o governador do Estado faz a divisão, quando a noticia chegou e virou Cidade de Bela Vista, a felicidade foi tão grande que no primeiro Domingo depois da noticia teve um churrasco de vala lá no campo de bocha.
Vejamos depois temos muita lei... e construções
A FAMILIA FERNANDES
Santiago
Fernandes e a esposa Josephina Abolis e ao lado do pai Rosa Ema Fernandes, ao
meio Angelina Fernandes e ao lado da Mãe Emilia Fernandes
Echaporã SP fundada
por Santiago Fernandes filho de Romão Fernandes e Dolores Fernandes
nasceu em Dourado SP casou-se com Josephina Abolis, e faleceu em 21 de
fevereiro de 1951.
Filha de Santiago
Fernandes: Angelina Fernandes, casou-se com Erminio Gazzola, e teve os filhos (
Herminia Gazzola, Waldemar Gazola, José Gazzola, Lauro Gazzoli, Alzira Gazzola,
Maria Gazola, Paulo Gazzola, Josephina Gazzola, Nilton Gazzola)
Filha de Santiago
Fernandes: Rosa Ema Fernandes, casou-se com João Gazzola, e teve os filhos (
Francisco Gazzola, Oswaldo Gazzola, Helio Gazzola, Maria Aparecida Gazzola e
Dirce Gazzola)
Filha de Santiago Fernandes: Emilia Fernandes, casou-se com Manuel Ribeiro filho
, e teve os filhos (Neide Ribeiro, Maria Ribeiro, Eny Ribeiro, Arli Ribeiro,
Moacir Ribeiro, Ilson Ribeiro)
**********************************************************
EMANCIPAÇÃO ADMINISTRAIVA – FORMAÇÃO.
GENTÍLICO:
ECHAPORENSE OU ECHAPORAENSE
FORMAÇÃO
ADMINISTRATIVA
Freguesia criada com a denominação de
São José do Rio Novo, por Lei no 62, de 13 de abril de 1880,no Município de
Santa Cruz do Rio Pardo.
Elevado à categoria de vila com a
denominação de Campos Novos do Paranapanema, por Lei no 25,de 01 de março de
1885, desmembrado de Santa Cruz do Rio Pardo. Constituído do Distrtito Sede.
Sua instalação verificou-se no dia 14 de janeiro de 1887.
A Lei no 1828, de 21 de dezembro de
1929, simplificou o nome para Campos Novos.
Decreto no 9775, de 30 de novembro de
1938. Mudou o nome do município para Bela Vista.
Decreto-Lei Estadual no 14334, de 30 de
novembro de 1944, passaram a denominar-s Echaporã.
No quadro fixado, pelo referido
Decreto-Lei, para vigorar no período de 1945-1948, município é constituído do
Distrito Sede.
Em divisão territorial datada de 01-VII-1960,
o município é constituído do Distrito Sede.
Assim permanecendo em divisão
territorial datada de 15-VII-1999.
ALTERAÇÕES
TOPONÍMICAS MUNICIPAIS
Campos Novos do Paranapanema para Campos
Novos, alterado por força da Lei no 1828, de 21 de dezembro de 1929.Campos
Novos para Bela Vista, alterada por força do Decreto-Lei Estadual no 9775, de
30 de novembro de 1938. Bela Vista para Echaporã, alterada por força do
Decreto-Lei Estadual no 14334, de 30 de novembro de 1944.
ADMINISTRANDO POLITICAMENTE
Nome de Prefeitos mandato
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PESQUISA:
- Texto parcial: Antigas Fazendas Alta Sorocabana. Autor: Luiz Carlos de Barros.
- Textos feitos de conversas pessoal com Angelina e Rosa Gazzola
no cinquentenário de Echaporã. Autora: Nilceia Gazzola
- Textos: Histórias de Campos
Novos Paulista. Autor: José Antônio Tobias.
-Acervo Pessoal FOTOS de Nilton Gazzola, Nilceia Gazzola
Outros:
-Leis, decretos e
afins. Câmara Municipal de Echaporã SP
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Obrigadaço por postar um comentario. Nilgazzola