Vou descrever o Rio de Janeiro, para
quem nunca viu, quem nunca enxergou a imagem, vai sonhar com tamanha alienagem.
Imagine em uma segunda feira, ao meio
dia, no momento da correria, você conseguir andar em plena praia, sem encontrar
vendedor, tudo parecido com um revolução, onde dizem:
- Olha a bomba !
Assim descrevemos a copa, e outros
jogos de futebol.
E todos saem correndo para seu lar, ou
casa de um amigo, barzinho da esquina, e lá ficam por dois tempos inteiros
quietos, em murmúrio continuo de explosão ao gol, ou xingamento total de
indignação aos jogadores ou juiz.
Ah!
Não são vinte em dois bobocas e três
idiotas correndo por uma bola, é isso que sua sogra acha, e sua esposa prefere
o shopping.
E assim, olhando aonde ela vai, isso é
para quem não gosta de futebol, nunca torceu por um time, e acha que seleção, e
procurar as frutas mais bonitas na feira e fazer uma seleção para levar para
casa, ou quem saber seleção seria a escolha do feijão.
Solte a imaginação, feche os olhos,
pense um gramado todo verdinho, iluminado pelo sol, ou por refletores, maracanã
lindo, cheio, locado, gente tudo grudado, na melhor emoção.
Já sei sua esposa disse:
Se ta tudo grudado é porque homem gosta
mesmo de sentir cheiro de homem, ficar juntinhos na emoção, pêra aí, desculpe
meus amigos afeminados, mais acho que isso seria uma gota do lado feminino do
homem.
Mais, em pleno horário marcado, enfim,
vai começar...
De – repente, a seleção brasileira
entra, e contagia de vibração até o coração, tudo pulsa, todos gritam, a emoção
se aflora, mais viciaste que crack, cocaína e êxtase, é está sensação, como sei
se nunca usei, sei lá, é algo contagiante forte.
São milhões de torcedores, um pais
parado, até um homem no descampado, gruda seu rádio, para ouvir está
contagiarão, o copeiro, o cozinheiro, açougueiro, fazendeiro, banqueiro e
outros, todos são um só coração, são brasileiros, neste momento tão iguais.
Existem Televisores em todos os lugares ligados, e mantemos os olhos fixados na
partida do Brasil, do nosso único timaço.
Tem nomes consagrados em campo, e
lembramos de outros jogos, de Zico, Pele, Branco, Ronaldo, e grandes nomes, que
já fizeram parte desta trajetória, escrevendo com laço de gloria nossas
vitórias.
E agora, por estar em um jogo, somos
vice, somos campeões, somos vencedores por ter uma imensa torcida nacional e
mundial neste momento.
Pois onde houver um Brasileiro, existe
o orgulho, a saudade do Brasil.
- E começa o jogo...
- Que arrepio na espinha...
- Como enfrentar a Argentina...
- De todos podemos empatar e perder...
- Mais da Argentina, é melhor ganhar
que Copa do Mundo...
- Podemos não ter a taça, mais dá
Argentina teremos que honrar...
Assim diz o narrador:
- É a seleção brasileira, que faz mais
uma notável apresentação!
O narrador faz elogios múltiplos, e
narra com a sabedoria e o amor de quem sabe fazer de quem acredita no time,
time não, desculpe a seleção, que o povo tanto ama.
Em uns pais de prédios, casarões,
vilas e favelas, somos únicos, todos iguais, sorrindo nas vitórias e chorando nas derrotas, acreditamos
nos protagonistas desta historia.
O Rio de Janeiro torna-se o cenário,
onde a Jose Pacheco é importante, pois ele é um daqueles felizardos que
conseguiram comprar o bilhete para assistir a seleção, trabalhou a semana toda,
e conseguiu juntar o dinheiro, e com os olhos cheios de lagrimas, entro no
campo, e no meio daquela multidão, sente-se nas nuvens, ainda não acredita no
sonho, na multidão, na sensação, não dá para explicar, tem que sentar lá no
meio, gritar com o pessoal, vibrar, explodir de emoção.
Vou misturar a emoção de José Pacheco e
o Futebol, e contar com empolgação.
È o tempo todo Jose Pacheco, assistiu
ao jogo, nossa seleção fez uma linda apresentação, ganhou daquele time vizinho,
que nos insistimos em ficar felizes, quando isto acontece.
Não somos os melhores do mundo, mais
somos os melhores de nosso Pais, de nossa torcida, e qual será o tamanho de
nossa torcida José Pacheco pensa.
Será que existe Brasileiro virá casaca
que tem coragem de torcer pelo time adversário.
Assim José Pacheco, levado pela
emoção, em meio à multidão, sai sorrindo do estádio, pois a seleção ganhou o
jogo, este foi o jogo mais importante de sua vida, pode não ter sido o mais
belo, o melhor, porém foi o que ele conseguiu assistir.
Vendo aquela grandiosidade, José
Pacheco voltou para casa, e descobriu que tinha ganhado as contas, ficou
triste, morando no interior, com filhos pequenos, resolve ir para capital de
seu Estado.
È o começo foi complicado, levar as
contas porque faltou ao trabalho para realizar o sonho de ver a seleção.
Chegando lá, acomodou-se na casa de
parentes e foi procurar emprego, sabia fazer casas, conseguiu, trabalhou,
lutou, comprou sua casa, abriu um a empreiteira, estudou os filhos, hoje tem
netos, constrói edifícios, teve que sentir o sufoco, para lutar e vencer, homem
batalhador e digno que nunca roubou, apenas foi assistir a seleção e levou as
contas.
Quanto ao seu ex-patrão, perdeu um bom
empregado, e hoje ainda é patrão, é pedreiro, e José Pacheco, é empreendedor,
que sempre que sabe que a seleção está jogando, pode ir de avião, mais entra no
ônibus com os netos e vai ao estádio, senta na geral, para mostrar aos netos a
sensação que é vê a seleção jogar, estar junto com o povo, ser simples,
humilde, mais jamais se esquecer de ser Brasileiro.
Ah! Dia de Seleção jogando, de copa do
mundo então, ninguém trabalha não, José Pacheco, dá folga a seus colegas, assim
ele chama seus empregados.
Isto é o futebol. Ele faz a historia
dos Brasileiros, modifica as vidas, tira as oportunidades e abre caminhos para
a luta por um amanha melhor.
Por isso somos Brasileiros, para viver
a sensação, a emoção de ter a melhor seleção Brasileira que vimos até hoje.
Nilceia Gazzola
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