Poetizando
Aquela porta tinha abertura,
Ao canto interno uma roedura,
De que se citavam compostura,
Ao redor da casa uma cercadura,
E poetizando se escreve as juras.
As plantas no fundo da casa tinha brotadura,
E aos galhos de frutas uma videira dependura,
Não haviam documentos e escritura,
Mas a frente casa uma escultura.
Assim sem nenhuma frescura,
Sentavam na varanda a fazer leitura,
E os anos passam a escrever cultura,
Enquanto na máquina vovó costura.
Os anos vagam sem frescura,
E as facetas da velhice trazem ranhadura,
Porém se acaba após a assinatura,
Restando apenas as diversas gravuras,
Poetizando a vida segue cruel e dura,
O movimento começa a objetivar tortura,
Porque o relógio tende a descompostura,
O tempo escorrega sem leitura,
Sentimentos ultrapassam a sangradura.
Ainda relembram a mordedura,
Da dureza em que dilacera a postura,
Em que a musica transforma-se em chiura,
Do calar ouvido por toda censura,
Assim enfatizam a estremadura,
Fazendo atual investidura,
Escreve-se a historia da literatura,
Dilacerando e poetizando a propositura.
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Obrigadaço por postar um comentario. Nilgazzola