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sexta-feira, 3 de julho de 2020

Paixão de Norte a Sul

 Paixão de Norte a Sul

 

         Vou descrever o Rio de Janeiro, para quem nunca viu, quem nunca enxergou a imagem, vai sonhar com tamanha alienagem.

         Imagine em uma segunda feira, ao meio dia, no momento da correria, você conseguir andar em plena praia, sem encontrar vendedor, tudo parecido com um revolução, onde dizem:

        - Olha a bomba !

        Assim descrevemos a copa, e outros jogos de futebol.

        E todos saem correndo para seu lar, ou casa de um amigo, barzinho da esquina, e lá ficam por dois tempos inteiros quietos, em murmúrio continuo de explosão ao gol, ou xingamento total de indignação aos jogadores ou juiz.

         Ah!

         Não são vinte em dois bobocas e três idiotas correndo por uma bola, é isso que sua sogra acha, e sua esposa prefere o shopping.

         E assim, olhando aonde ela vai, isso é para quem não gosta de futebol, nunca torceu por um time, e acha que seleção, e procurar as frutas mais bonitas na feira e fazer uma seleção para levar para casa, ou quem saber seleção seria a escolha do feijão. 

         Solte a imaginação, feche os olhos, pense um gramado todo verdinho, iluminado pelo sol, ou por refletores, maracanã lindo, cheio, locado, gente tudo grudado, na melhor emoção.

         Já sei sua esposa disse:

        Se ta tudo grudado é porque homem gosta mesmo de sentir cheiro de homem, ficar juntinhos na emoção, pêra aí, desculpe meus amigos afeminados, mais acho que isso seria uma gota do lado feminino do homem.

         Mais, em pleno horário marcado, enfim, vai começar...

         De – repente, a seleção brasileira entra, e contagia de vibração até o coração, tudo pulsa, todos gritam, a emoção se aflora, mais viciaste que crack, cocaína e êxtase, é está sensação, como sei se nunca usei, sei lá, é algo contagiante forte.

         São milhões de torcedores, um pais parado, até um homem no descampado, gruda seu rádio, para ouvir está contagiarão, o copeiro, o cozinheiro, açougueiro, fazendeiro, banqueiro e outros, todos são um só coração, são brasileiros, neste momento tão iguais. Existem Televisores em todos os lugares ligados, e mantemos os olhos fixados na partida do Brasil, do nosso único timaço.

         Tem nomes consagrados em campo, e lembramos de outros jogos, de Zico, Pele, Branco, Ronaldo, e grandes nomes, que já fizeram parte desta trajetória, escrevendo com laço de gloria nossas vitórias.

         E agora, por estar em um jogo, somos vice, somos campeões, somos vencedores por ter uma imensa torcida nacional e mundial neste momento.

         Pois onde houver um Brasileiro, existe o orgulho, a saudade do Brasil.

        - E começa o jogo...

        - Que arrepio na espinha...

        - Como enfrentar a Argentina...

        - De todos podemos empatar e perder...

        - Mais da Argentina, é melhor ganhar que Copa do Mundo...

        - Podemos não ter a taça, mais dá Argentina teremos que honrar...

         Assim diz o narrador:

         - É a seleção brasileira, que faz mais uma notável apresentação!

         O narrador faz elogios múltiplos, e narra com a sabedoria e o amor de quem sabe fazer de quem acredita no time, time não, desculpe a seleção, que o povo tanto ama.

         Em uns pais de prédios, casarões, vilas e favelas, somos únicos, todos iguais, sorrindo nas  vitórias e chorando nas derrotas, acreditamos nos  protagonistas desta historia.

         O Rio de Janeiro torna-se o cenário, onde a Jose Pacheco é importante, pois ele é um daqueles felizardos que conseguiram comprar o bilhete para assistir a seleção, trabalhou a semana toda, e conseguiu juntar o dinheiro, e com os olhos cheios de lagrimas, entro no campo, e no meio daquela multidão, sente-se nas nuvens, ainda não acredita no sonho, na multidão, na sensação, não dá para explicar, tem que sentar lá no meio, gritar com o pessoal, vibrar, explodir de emoção.

        Vou misturar a emoção de José Pacheco e o Futebol, e contar com empolgação.

         È o tempo todo Jose Pacheco, assistiu ao jogo, nossa seleção fez uma linda apresentação, ganhou daquele time vizinho, que nos insistimos em ficar felizes, quando isto acontece.

         Não somos os melhores do mundo, mais somos os melhores de nosso Pais, de nossa torcida, e qual será o tamanho de nossa torcida José Pacheco pensa.

        Será que existe Brasileiro virá casaca que tem coragem de torcer pelo time adversário.

         Assim José Pacheco, levado pela emoção, em meio à multidão, sai sorrindo do estádio, pois a seleção ganhou o jogo, este foi o jogo mais importante de sua vida, pode não ter sido o mais belo, o melhor, porém foi o que ele conseguiu assistir.

         Vendo aquela grandiosidade, José Pacheco voltou para casa, e descobriu que tinha ganhado as contas, ficou triste, morando no interior, com filhos pequenos, resolve ir para capital de seu Estado.

         È o começo foi complicado, levar as contas porque faltou ao trabalho para realizar o sonho de ver a seleção.

        Chegando lá, acomodou-se na casa de parentes e foi procurar emprego, sabia fazer casas, conseguiu, trabalhou, lutou, comprou sua casa, abriu um a empreiteira, estudou os filhos, hoje tem netos, constrói edifícios, teve que sentir o sufoco, para lutar e vencer, homem batalhador e digno que nunca roubou, apenas foi assistir a seleção e levou as contas.

         Quanto ao seu ex-patrão, perdeu um bom empregado, e hoje ainda é patrão, é pedreiro, e José Pacheco, é empreendedor, que sempre que sabe que a seleção está jogando, pode ir de avião, mais entra no ônibus com os netos e vai ao estádio, senta na geral, para mostrar aos netos a sensação que é vê a seleção jogar, estar junto com o povo, ser simples, humilde, mais jamais se esquecer de ser Brasileiro.

        Ah! Dia de Seleção jogando, de copa do mundo então, ninguém trabalha não, José Pacheco, dá folga a seus colegas, assim ele chama seus empregados.

         Isto é o futebol. Ele faz a historia dos Brasileiros, modifica as vidas, tira as oportunidades e abre caminhos para a luta por um amanha melhor.

         Por isso somos Brasileiros, para viver a sensação, a emoção de ter a melhor seleção Brasileira que vimos até hoje.


Nilceia Gazzola

Edy. O grande.

 Edy. O grande

 

         Edy era um garoto muito simpático, cheio de amigos, muitas vezes brigava na escola, mais para sua idade nove anos, era comum, mais sempre foi invejoso, sua maior característica é querer as coisas dos outros, caso não pudesse, quebrava a dos amigos, porque se ele não pudesse ter ninguém teria.

         As facetas do destino fizeram Edy crescer, o tempo passou e ele estudou, e foi ser Administrador, porém não de uma empresa própria, mais de uma empresa privada do governo, onde começou trabalhar, e conheceu uma jovem professora com quem se apaixonou a Roma.

         Fizeram um casal lindo, muito feliz e simpático, pelo menos nas aparências a quem não os conhecia, parecia perfeito.

         Edy tornará-se um homem rude, crespo, sem respeito, e invejoso, com poucos amigos, pois dizia-se ser da elite e não se misturava com a ralé, ou seja, ou menos favorecidos, sua família de onde proverá foi totalmente apagada da memória.

         Na empresa fazia, coisas terríveis, não diante do superior dele o Presidente da Empresa, pois adorava posar de bonzinho, maltratava funcionários, ameaçava de mandar embora, criticava a amizade dos suborternos, assim ele costumava chamar os que trabalhavam em cargos mais baixos.

         Sua esposa, também se tornará uma cobra, fingia ser um amor, as pessoas mal viravam as costas, lá ia ela soltando o veneno, por causa dos estudos, achava-se melhor que os outros, esquecerá o que é a humildade, se esbaldava em reformas continuas em sua casa, compara apartamentos.

         Edy, adorava criticar as festas de amigos, bingos, rifas, ajudas, para fazer operações, ou comprar remédios, festas de caridade. Nossa o que ele mais fazia, era criticar, falava mal, que só faltava morder a língua, se isso acontecesse, era morte instantânea por envenenamento.

         Então, os amigos que Edy não tinha, eram as pessoas simples. Porém tinha dois filhos, um tão sem educação, que precisava ter tido corretivo quando criança, mais a língua era pior que a do pai, o outro menor, andava todos metidinho, com a maior pose pela escola, mais já apresentando traços do que seria.

         Dona Roma, não tivera tempo de cuidar dos filhos, educá-los, pois ele e o marido estavam tão preocupados em acumular pertences, carros, casa, apartamentos, casa de lazer, casa de praia, a preocupação era tanta no dinheiro.

         Edy, conseguiu aposentar-se bem, com um salário maravilhoso, mais na firma, só o tonto do Presidente não sabia a cobra que ele criava, se fosse feito uma auditoria, no patrimônio geral de Edy, certamente achariam algo, pois muitas despesas em sua casa, de estudos dos filhos, roupas, moveis novos, reformas continuas na casa, trocas de carros, onde há fumaça, existe sempre fogo, ou brasa latente.

         Edy, o grande, assim era chamado pelos suborternos, porém ele não sabia, que o apelido, era dito em tom irônico entre os suborternos, mais  Edy só soube do apelido, quando aposentou-se.

         Na festa de despedida de Edy, toda elite, estava presente, cantaram, e festarão a tarde toda.

         Boa mesmo, foi a festa que o povo fez quando ele saiu da empresa, foi a maior alegria, aquele xarope, ignorante, que nunca ajudou ninguém, que vivia com inveja, criticava as iniciativas dos outros.

         È o tempo passou...

         E soou o alarme da idade... Roma com quase setenta anos, e Edy também, porém cheios de arrogância, ainda entrigueiros de inveja, com poucos amigos, pois não viveram com simplicidade e humildade, como Deus instituiu. 

         E os filhos começaram a engalfinhar-se, onde  colocar os pais, levaram para um asilo, e internaram – os, usaram de um bom advogado, para dividir os pertences, e gastaram tudo cada tustão que Roma e Edy conseguiram.

         Hoje, Edy. O grande, não recebe visitas de ninguém, enquanto os subalternos,menos favorecidos, recebem o carinho, a dedicação de suas famílias, que sabem que velhos são fonte de sabedoria.

         Um velho pode contar a historia de uma presente que ele viveu, e sem o velho não há como continuar uma historia de laços de família.

         Edy e Roma, seguem arrependidos, a vida que traçaram, pois ao invés de viverem suas vidas,  perderam o tempo precioso do convívio com todos, alienando-se nas suas historias, inventando intrigas, na realidade com inveja, da felicidade e humildade dos outros, com inveja de como as pessoas se contentam com pouco e são felizes na singela amizade.

 Nilceia Gazzola

Aquilo

Aquilo

De aquilo era chamado aquele lugar.

Apenas AQUILO.

Folha verde pelo ar, pregadas em galhinhos e galhofes nas copas de arvores grande e pequena, uma leve brisa que vinha a acariciar meu rosto, e por fim eu sentia o vento a suavizar meus cabelos.

Sim, e quanto mais eu andava, mais contemplava o verde das folhas e pisava por entre folhas secas fazendo barulhinhos inconfundíveis e inesquecíveis a quem presta muita atenção nas pequenas coisa da vida. E outra coisa chamava-me atenção. Aqueles barulhos de pássaros, se misturando de som em som, em que parecia mais uma sinfonia de tanta alegria que se ouvia.

E como soltei a imaginação, não bastava mais dizer sim ou não, apenas uma compreensão, de que teria que escrever esta exatidão.

Nada tão belo eu havia visto, mais uma coisa eu tinha de diferencial, ali eu nascerá, ali eu viverá e ali quisera um dia morrer. E no entanto, se ignorava e nada citavam do que eu escreverá sempre.

Foi assim que decidi aparecer, de forma simples cognitiva, com erros e mais erros, porém de tantos erros se mede que certos erros podem ser acertos.  E começou esta historia, de sonhos e de fantasia, um conto diferente e procedente, de um amor irreal e realístico, de um desejo, mais uma vingança, glorias e perseveranças.

 

ficcao

Nilceia Gazzola

 


Inicio de lembrancas

Inicio as lembranças

 

Tudo aconteceu ali.

Sim, ali bem perto dos olhos dos moradores daquela pequena cidade.

Eles estavam entre todos.

Eles sorriam, viviam e amavam como todos de qualquer lugar do mundo.

No mundo das criaturas criadas pela nossa imaginação, nos seres humanos éramos os estranhos, os desconhecidos.

Foi assim, que eu conheci este mundo.

Eu era um herói, não uma heroína, não a vilã da historia.

Sim, esta é uma historia contada do ponto de vista da vilã.

Porque os heróis, heroínas, criaturas criadas estes não se confundiam, eram muitos, porque quando cheguei lá, eu e alguns amigos, éramos apenas sete seres humanos em um planeta com bilhões de criaturas criadas.

AH!

Os feios eram nós.

Porque aqueles olhos verdes brilhantes, corpos gorduchos que quando necessitavam conseguiam gerar asas e voar como borboletas, mas na verdade com asas que imaginávamos ser de anjos, aquelas imensas asas, que ao tocarem o chão com aqueles pés esquisitos que assemelhavam a pés de cavalo, as asas como uma mágica sumiam no ar.

Parecia tão real, tão assim, uma realidade perfeita.

Um planeta sem guerra, sem conflitos, sem medos com arvores iguais as nossas, flores, mares, tudo tão parecido, porém o triplo do tamanho de nosso planeta, e tão distante.

AH! Esclareço eu estava chegando em casa, encontrei uma pulseira e junto com meus amigos, automaticamente limpei-a na blusa e um alto brilho envolveu-nos, e daí, não estava mais em casa, vim parar aqui neste mundo surreal um lugar

ficcao
nilceia Gazzola

Liberdade

Liberdade

 

Algemas invisíveis existem,

As de preconceito sem limites.

A que homem nasce homem mulher.

A que mulher nasce mulher homem.

E quem somos a julgar,

Seguir e libertar, sempre lutar.

Socorram-me por escrever errado,

Mais o conteúdo sim é exato.

Eu gritei...

Pedi liberdade aos meus amigos.

Que muitos de vozes grossas,

Corpos esculturas nunca desistem.

Liberdade de viver...

Liberdade de não ser apontado com dedo.

Liberdade de nunca mais ouvir chacotas.

Libertem meus melhores amigos,

Desta tal mediocridade.

Liberdade em pais livre.

Liberdade existe?

Assim libertem-se.

 

 Nilceia Gazzola


Fadas vestem Branco

Fadas vestem branco

 

Naquele dia, em que tudo parecia estar dando certo, Ana, como muitas Anas sairá para trabalhar, estava andando pela rua, com seus longos cabelos castanhos encaracolados soltos ao vento, na sua flor da idade 35 anos, com um olhar belíssimo de olhos amendoados e castanhos, um instante e a descoberta de que fadas existem.

Uma mulher belíssima, porém sofrida com o destino, vivia uma lida que as pessoas nem imaginavam, sofria horrores que eu como sua fada posso lembrar o que eu via, porém agora outra coisa vou contar.

Assim tudo começou pelo começo é claro.

Não se sabe o que sentiu, Ana caiu naquela calçada, e de repente estava lá, em uma cama de hospital, acordará não se sabe o tempo, mas acordará ali, rodeada de gente uniformizada.

Aquilo tinha tudo para ser pesadelo!...

Tentava mexer-se e não conseguia, ouvia as pessoas a sua volta, porém não falava e nem se mexia, sem movimentos de suas pernas, braços, pescoço, mas seus olhos abertos mostravam o medo. Estava paralisada.

Paralisada por um medo, uma incerteza, um receio do que estava acontecendo a sua volta.

Entretanto, estava lúcida; lembrava que havia levantado bem cedo, tratado o gato, varrido a frente da casa, colocado o lixo na lixeira da rua, tomado um banho, trocado de roupa, deu um beijo em sua mãe, pegou a bolsa e saído para trabalhar, lembrava de detalhes.

Apenas uma tontura acontecerá, mas pensava ser do calor que fazia naquela manhã, de terça feira.

Olá, eu sei de tudo que Ana estava pensando, porque posso ouvir além da fala, e pude escrever no meu diário o dia que descobri que eu existia como fada, acho que já comecei embaralhar a história, sempre faço isto, deixo as pessoas tontas, voltando ao assunto.

Assim, ali na cama do hospital uma suave voz comunica: Vamos fazer alguns exames, e desta forma tiraremos um pouco se sangue para determinar as causas deste seu desmaio, os médicos plantonistas já fizeram outros exames que estarão em poucas horas prontos, estamos fazendo esta rotina, porque na sua família há histórico de doenças renais, sua ma~e sempre está aqui conosco.

Ah! Naquela instante, lembrou que as Fadas poderiam sim existir, porque quando abriu os olhos, apenas à enfermeira de roupa branca viu, e a vista estava turva, vendo uma fumaça ou nevoa, então, por trabalhar anos vendendo livros infantis, lembrou de como as fadas aparecem nas horas que mais precisamos.

Esqueci de contas, fadas só existem para quem crê nelas, e se sou a fada de Ana é porque ela acredita em mim.

Ana amava viajar nas historias, e com tamanha devoção ao acreditar uma fada veio a lhe auxiliar aquele dia, nossa meu coração de fada pulsou sem parar, as estrelas da minha varinha faiscavam de tanta felicidade, Ana acreditava em mim.

Ela continuava ali, deitadinha, imóvel, e aos poucos ia recuperando os movimentos no corpo, mas com muito medo de tentar falar e não conseguir, ou de tentar andar e não andar, nossa... mil e muitas doenças passaram pela cabeça avoada de Ana, até que ela resolveu preencher sua cabeça com coisas interessantes, em que quase ninguém pensaria, mas que captei tudo.

Não sei por que, mais começou a imaginar a diferença de diálise e hemodiálise para passar o tempo, tudo porque sua mãe tem diabetes, entendeu nas explicações de uma fita de certa vez que assistiu que: diálise é quando se faz um processo artificial que retira, por filtros, todas as impurezas do sangue, para fazer isso se usa uma membrana filtrante de um rim artificial, meio complicado, mas pode-se fazer quinzenalmente, ou em período definido pelo medico, porém a hemodiálise é a mesma coisa mais tem que ser feito diariamente, minha cabeça trocou, Hemodiálise tem período definido, e diálise como a palavra fala deve ser feita todo dia, tudo com equipamento correto e esterilizado.

Xiiiiiiiiiii... acabou de passar uma retrospectiva da vida, nos pensamentos avoados de Ana, quando se deparou com a realidade.

Assim a mãe de Ana estava em casa fazendo tratamento de diabetes e só tinha a ela, Dona Maria faz hemodiálise, depois de conseguir definir os tratamentos de diabetes, creio que estava boa, tinha que sair dali logo, porque a querida irmã Joana estava morando no exterior Paraguai, e a mãe precisava dela.

Essa realidade tinha alguém para que cuidasse, ela não poderia estar ali, naquele instante, o mundo começou a girar e girar, e seu estava lá presenciando tudo.

Foi quando, uma enfermeira entrou no quarto e disse: Tudo bem, se trata de uma gravidez, mas se fizer um devido acompanhamento, terá uma gestação perfeita. Ah! Fadas existem, elas sempre dão noticias ótimas, a voz de Ana voltou, porque parecia um medo de viver, e agora um êxtase em continuar vivendo.

Nossa, minhas asas estavam cansadas de tanto sobrevoar Ana, não tive descanso aquele dia, por isso não esqueço dos detalhes.

Meu Deus!

Passou um turbilhão de coisas na cabeça dela, viúva a cerca de seis dias, marido assassinado, se é que se pode chamar aquele monstro de marido, ficava o dia todo na rua, tinha mais duas mulheres, não trabalhava e só vinha em casa para dormir, e uma vez falou de separação, foi espancada e não pode nem ir a policia denunciar, porque morava na casa de mamãe Dona Maria que estava doente, diabética, e agora poderá dar a oportunidade à mãe de ser vovó, tudo porque diabete mata, mas se fizer tratamento sobrevivem-se.

Sim, fadas sem asas, porém como toda historia de fadas tem um ser maligno, mais essa não tem, pensarei eu que tudo tão estava certo, quando descobri que Ana tinha uma transcendental vida cheias de surpresas para eu cuidar. Tendo alta e saindo do quarto em que estava internada, tudo acontecerá em onze horas, algo tocou Ana a sair pela porta lateral, para não dizer que fui eu sussurrando para Ana: aquela porta, aquela porta, e foi ali que Deus provou sua existência, e eu descansei minhas asas um pouco, valeu ter ficado bem pertinho, Ana caminhava o corredor e dirigia-se a porta de saída.

Parece um sonho, mas grávida, na saída de um hospital descabelada, sem nenhuma beleza aparente, encontrou o príncipe encantado, sei lá, um homem belo, de branco, entrará e olhará nos olhos de Ana, ao passar por mim, ele não me viu, mas viu Ana, pensei, imaginei e sonhei, porém ao descer a primeira escada, ela sentiu uma mão segurar seu braço, e olhou rapidamente para trás, sentindo uma pulsação incontrolável no coração. Eu estava lá e vi tudo.

Esse Homem falou o nome, Você é Ana?

E ela respondeu: Sim!

Ele novamente: Lembra de mim?

Ela disse: Não estou lembrada!

Ele relatou: Quando sua mãe Dona Maria teve a primeira crise de diabetes no ano passado, você entrou pela aquela porta apavorada, e eu não me esqueci, sempre lembro do desespero que tinha e gritava para que eu Antonio a salvasse.

Ana respondeu: É agora estou lembrada do Doutor.

Sua mãe faz acompanhamento semanal comigo, e me falou da morte de seu marido, desculpe falar mais fiquei feliz, porque agora tenho chances.

Assim, trocaram telefones, e Ana se foi para repousar e trazer sua mãe para mais uma hemodiálise.

Para quem não acredita em fadas, elas vestem branco, porque eu estava de branco, sobrevoando a historia, vendo detalhes e anotando em um caderninho, porque assim como anjos, todos têm fadas a nossa volta, acredite um dia sua fada vai contar uma historia sua.

  Nilceia Gazzola


A Pimenta

 

A Pimenta

 Seja  leve ou ardente,

Com sabores que se sente.

Salivando ardidamente,

Aquele gosto pertinente.

Deixa tudo sorridente,

A inúmeros os sabores.

De que solta o céu da boca,

Na ênfase de alegria,

Sozinha ou com companhia,

A pimenta irradia.

Trazendo uma nostalgia.

A quente e latente pimenta,

Que de sabores me alimenta.

Ao amor deste que movimenta,

Basta lembrar de saborear,

Um beijo de chocolate com pimenta.

 

Nilceia Gazzola

Experimentando

Experimentando

 

Tudo se modificando,

Os gostos vão se misturando,

Salgados e açucares.

 

E assim se salgando,

Aos poucos açucarando.

 

Delicias se misturando,

Aos poucos experimentando.

 

Como no amor,

Perto da dor.

Sabores e ardor,

Refrescam no calor.

 

Gosto de cozinhar,

Descobri o hipnotizar,

As frases do sublinhar,

Os eternos saborear.

 

Nilceia Gazzola

Dia de festa

Dia de festa

 

Hoje é dia de festa,

Ontem foi dia de festa,

Amanhã será dia de festa,

Nossa que seresta.

Sempre existe uma orquestra,

De gente chic e modesta.

Cada um na sua sinceridade,

Vejamos a realidade,

O que existe de verdade,

 É a complexibilidade.

Muita seresta,

Gente na festa,

Dias de festa,

Ninguém fica sem esta.

Hoje não é dia festa,

Mas é dia de festa,

Cada um nesta,

Porque a feliclidade,

Pode estar na cidade,

Encontre-se nesta.

Chega de seresta,

Deixe de ser modesta,

Vamos à festa,

Nem tudo se empresta.

Vamos à festa.

 

Nilceia Gazzola

Fogo

Fogo

Risca, arrisca e belisca,

Mente, difama a profana,

Sabe, imagina e examina,

Pula, grita a marmita,

Trabalha, atrapalha o canalha,

Canta, aflora e apavora,

Finge dilata e maltrata,

Corre, anda e caminha,

Limpa, suja a inunda,

Vigia, olha e espia,

Come, engole a gororoba.

Viva, revive e sobrevive.

Evita, entrega e arrisca,

Cheira, examina e difama,

Queima, abrasa e esfria,

Agarra, aperta e flexiona,

Levanta, esfrega e arrepia,

Entrega, suspira e impulsiona,

Encontra, ascende e sente,

Queima, esquenta é fogo.


Nilceia Gazzola

A Alma

 

Alma

 

A alma acalenta a calma.

E a calma enobrece a alma.

A saudade nunca foi ruim.

Porque lembramos de algo sem fim.

A alma abraça a razão.

E a razão emerge com a emoção.

Tão fácil o difícil explicar da alma.

Falta-me entender a minha própria alma.

Não entendo se sinto ou não sinto.

Não compreendo esse querer e não querer.

Sim, apenas sei que de mentiras, não minto.

Sim, aquele desejar pode vir a requerer.

A alma flutua entre nuvens de algodão.

Tornando-me parte do amor de galeão.

Imortal seriamos Romeu e Julieta.

Espalho meus poemas não os deixo nas gavetas.

Inquietudes da alma...

Seria não perder a calma.


Nilceia Gazzola

Cultivando

Cultivando

Cultivai o Amor. Cultivai a Paixão.

Cultivai a Fraternidade.

Cultivai a Saudade.

Cultivai a Serenidade.

Cultivar a Honestidade.

Porque nem tudo tem preço.

Fé encontra-se apenas no apreço.

Cultivai a Bondade. Cultivai a Verdade.

Cultivai a Crença.

Cultivar a Esperança.

Porque nem tudo se acomoda a mentiras.

Mandamentos existem para evitar iras.

Cultivai a Cultura. Cultivai a Crença.

Cultivai a Criatura.

Cultivai a Criança.

Cultivai a Nosso Senhor.

Cultivai o Cultivai.

Cultivai o Salvador.

Cultivai o Cultivai.


Nilceia Gazzola

Bondade

 

Bondade

 

Ai, ai, ai, ai Dona Bondade.

Que caminha de abraços e apertos.

Desmistificando a nossa Serenidade.

Mesmo que não haja mais desertos.

E na doação perfeita.

Sejamos verdades.

Honramos ser eleitas.

Sem palavras à estreita.

Esforçai-vos a ser livres.

O desejo de doar-se.

Supérfluo sejam outros temas.

Não escreva nem fales de odiar-se.

Encontre a total bondade.

Ao lado de sua liberdade.

E sem alguma veracidade.

Siga a sua verdade.

 

Nilceia Gazzola

Família

 

Família

Foram muitas as reuniões.

Asseguradas de razões.

Místicas e de inspirações.

Iluminadas pelas paixões.

Luzes de palavras de afeto com ações.

Inigualáveis olhares de emoções.

Assemelham-se nossas reuniões.

É a magia da FAMILIA.

Família de pura felicidade.

Amparo das realidades.

Mágica de puras verdades.

Ilustradas pelas insanidades.

Ligadas pelo sentimento hereditariedade.

Inscreve-se as suas vaidades

Assim nossas majestades.

 

Nilceia Gazzola

Cozinhando com Amor

Cozinhando com Amor

As receitas na cozinha,

Ganham formas e cores,

De amores e de gostos.

Misturam-se com os cheiros.

É salsinha e cebolinha.

Salpicão com macarrão.

Um tal de molho branco,

De queijos e de requeijões.

Meu cantinho e na cozinha,

Ali sigo cozinhando,

Pra minha família inteirinha.

Cozinhando e cozinhando.

Os temperos com carinho,

De amor vai-se ajuntando.

E o cheiro na cozinha,

Vai-se impregnando.

É um tal de bolo e doces,

De salgados e comilanças.

Que doces lembranças tenho,

Do tempo que eu era criança.


Nilceia Gazzola

De Segunda a Segunda

De Segunda a Segunda

Ai que saudade que tenho,

Do doce de goiaba de minha avó,

Da panela suja de sugo,

Que somente meus dedos lambiam.

A vida prossegue,

A batata doce da outra avó,

Comia devagar de tanta dá.

Ninguém sabe fazer aquela batata.

Nossa os dias passam.

O gosto jamais volta,

Os dias prosseguem.

E chegam as segundas.

Segundas se repetem.

Mas a vida não volta.

As segundas são segundas.

E ninguém gosta delas.

Eu queria outra segunda,

Pra comer aqueles doces.

Pra jogar conversa afiada.

Pra abraçar as minhas avós.

 

Nilceia Gazzola

Almoços e Jantares

 

Almoços e Jantares

Salsinha, cebolinha são verdes.

Pimentão também é verde.

Rabanete e tomate vermelhos.

Pimentão também é vermelho.

Pimenta, cenoura são amarelas.

Pimentão também é amarelo.

Que inveja este tal pimentão,

Que de cor em cor, janta-se.

Nunca se define então.

Tem o gosto da ocasião.

Pimentão rima com macarrão,

Azeitona, palmito, pepino.

Que sabores de alegria,

Se mesmo assim tão colorido,

A sua família rejeitar,

Leia todo este livro,

Que deve ter algo a se degustar.

Arroz doce, Carne seca,

Macarrão e Bolo no almoço.

Nada rima nesta frase,

Mas o gosto, o gosto...


Nilceia Gazzola 

O Macarrão

O macarrão

Dizemos que o macarrão é Chinês.

Mas sou brasileira e vou contar a vocês.

O macarrão lá de casa,

E feito por uma mulher muito amada.

O macarrão lá de casa é caseiro,

Minha querida mãe faz e retalha inteiro.

Meu Deus!

Quem come nunca diz Adeus.

Minha mãe coloca um molho,

Um sabor, uma delicia...

O macarrão lá de casa.

É genuíno Brasileiro.

A gente come o ano inteiro.

Esse macarrão feiticeiro.

O prato bem cheio uma vez,

Que aos poucos se desfez.

É como um passe de mágica,

Coma macarrão...

Vou ficando hipnotizada...

Aquele cheiro, aquele molho...

         É Brasileiro meu macarrão

Nilceia Gazzola