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quinta-feira, 2 de julho de 2020

Poetizando

Poetizando

 

Aquela porta tinha abertura,

Ao canto interno uma roedura,

De que se citavam compostura,

Ao redor da casa uma cercadura,

E poetizando se escreve as juras.

As plantas no fundo da casa tinha brotadura,

E aos galhos de frutas uma videira dependura,

Não haviam documentos e escritura,

Mas a frente casa uma escultura.

 

Assim sem nenhuma frescura,

Sentavam na varanda a fazer leitura,

E os anos passam a escrever cultura,

Enquanto na máquina vovó costura.

 

Os anos vagam sem frescura,

E as facetas da velhice trazem ranhadura,

Porém se acaba após a assinatura,

Restando apenas as diversas gravuras,

Poetizando a vida segue cruel e dura,

O movimento começa a objetivar tortura,

Porque o relógio tende a descompostura,

O tempo escorrega sem leitura,

Sentimentos ultrapassam a sangradura.

 

Ainda relembram a mordedura,

Da dureza em que dilacera a postura,

Em que a musica transforma-se em chiura,

Do calar ouvido por toda censura,

Assim enfatizam a estremadura,

Fazendo atual investidura,

Escreve-se a historia da literatura,

Dilacerando e poetizando a propositura.

 Nilceia Gazzola

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