De Segunda a Segunda
Ai que saudade que tenho,
Do doce de goiaba de minha avó,
Da panela suja de sugo,
Que somente meus dedos lambiam.
A vida prossegue,
A batata doce da outra avó,
Comia devagar de tanta dá.
Ninguém sabe fazer aquela batata.
Nossa os dias passam.
O gosto jamais volta,
Os dias prosseguem.
E chegam as segundas.
Segundas se repetem.
Mas a vida não volta.
As segundas são segundas.
E ninguém gosta delas.
Eu queria outra segunda,
Pra comer aqueles doces.
Pra jogar conversa afiada.
Pra abraçar as minhas avós.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigadaço por postar um comentario. Nilgazzola